sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Devido ao sucesso de público, as máquinas voltam a funcionar em novembro

Espetáculo “Máquina, a história de uma paixão sem limites”, do Grupo de Teatro Universitário da UFPA, vem, mais uma vez, revelar o automatismo das relações cotidianas

Após o sucesso da temporada de abertura, as máquinas voltam a entrar em cena, e agora a todo vapor, para mostrar as relações humanas em todo seu absurdo quase maquinário. O Grupo de Teatro Universitário apresenta seu mais novo espetáculo, “Máquina: a história de uma paixão sem limites”, que se apresenta de quinta (4) a domingo (7), sempre às 19h32, no Teatro Universitário Cláudio Barradas.

Como peças de uma grande fábrica, e funcionários desta, os atores do grupo encarnam problemas do cotidiano comum a todos nós e leva o público a também identificar-se como uma peça moldada para a sociedade, afinal, a grande maioria da população acorda diariamente para o seu emprego, igreja, sala de aula e outros aspectos da vida, onde por vezes não se percebe, mas se torna massa de manobra, quase sem vida própria. Aliás, a fábrica é na verdade um pretexto (ou pré-texto), pois por vezes ela é também um ambiente familiar, religioso ou mesmo escolar. A máquina, por sua vez, figura o automatismo do cotidiano humano, que sem piedade alguma engole todos à sua volta. Tudo isto com muito humor.

O trabalho ao longo deste ano sempre se encaixou como peças de uma máquina. Ives de Oliveira, diretor do espetáculo, afirma que “é impressionante como todo o material de cenas criado ‘conversava’ muito bem, com a idéia fundamental do trabalho, e com isso, temos uma apresentação não apenas de cena, mas de todo um leque de emoções vividas por todos nós durante todo este ano”, diz orgulhoso.

Como marca da pesquisa do Grupo de Teatro Universitário, a peça flerta com música o tempo inteiro, mas desta vez, canções que marcam o popular alienante das massas dão o tom em cena, interpretadas nesta temporada por Bárbara Gibson e Ed Amanajás.

O processo de criação do espetáculo seguiu sempre nos moldes de uma grande fábrica, que possui máquinas, empregados, gerentes mal-humorados, desmotivados e uma gama de relações líquidas a se dissolver. Os males do homem contemporâneo, especialmente no que tange a incomunicabilidade, perpassam por este maquinário.

A “Máquina” é um convite a (re)pensar as nossas relações humanas no absurdo que no fundo a tange. E com uma boa dose de risadas.

Serviço: 
Espetáculo “Máquina: a história de uma paixão sem limites”, em temporada quinta (4), sexta (5), sábado (6) e domingo (7), sempre às 19h32, no Teatro Universitário Cláudio Barradas (R. Jerônimo Pimentel, esquina com a R. Dom Romualdo de Seixas – Umarizal). Ingresso a R$9,99 a inteira e R$4,99 a meia, com direito a troco.

(Texto: Leandro Oliveira/ASCOM – Grupo de Teatro Universitário)

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